As qualidades de proteção das luvas de segurança (e de outros EPIs) dependem em grande parte dos materiais utilizados. Diferentes materiais oferecem níveis variados de proteção contra riscos como cortes, produtos químicos, temperaturas extremas etc., mas nenhuma luva é universalmente adequada para todas as tarefas.

Os materiais termoplásticos são plásticos versáteis conhecidos por suas propriedades de flexibilidade, resistência e leveza. Entretanto, quando expostos a altas temperaturas, eles podem derreter e causar queimaduras graves.

As luvas de HPPE são conhecidas por sua composição de fibra leve e forte, que oferece excelente resistência a cortes sem sacrificar a flexibilidade. Mas você sabia que o HPPE é termoplástico? Isso significa que, quando expostas ao calor, as fibras podem perder a resistência e as qualidades protetoras e, em temperaturas extremas, podem até derreter e se fixar na pele, causando queimaduras graves. Isso faz com que as luvas de segurança feitas com HPPE não sejam adequadas para ambientes com altas temperaturas e devam ser evitadas.

Assim como o HPPE, o náilon e o poliéster também são materiais termoplásticos. O náilon é excepcionalmente flexível, e o poliéster é conhecido por sua resistência e durabilidade. Porém, quando expostos ao calor, eles podem amolecer, derreter e aderir à pele em ambientes de alta temperatura, o que representa sérios riscos à segurança.

Os aditivos são frequentemente incorporados às luvas de segurança para aumentar a proteção mecânica, como cortes, perfurações, abrasão etc.

O núcleo de arame e a fibra de vidro são frequentemente usados em luvas de segurança para aumentar a resistência a cortes e a durabilidade. O material é leve, forte e eficaz no reforço de luvas para tarefas que envolvem objetos afiados ou abrasivos. No entanto, o uso prolongado dessas luvas, especialmente em tarefas de alto atrito, pode fazer com que as fibras penetrem no forro da luva e causem irritação na pele, conhecida como "coceira de vidro" ou "coceira de arame". Essa sensação é causada pelo acúmulo de fibras na pele, o que pode resultar em uma pequena inflamação após o uso prolongado. Da mesma forma, luvas danificadas também podem expor o núcleo de fibra de vidro ou arame à medida que a camada externa se desgasta ou rasga, causando desconforto.

Embora todos os materiais se degradem com o tempo, alguns apresentam uma rápida redução das qualidades de proteção quando expostos a determinados materiais ou ambientes.

A degradação química ocorre quando os materiais se quebram em um nível estrutural, comprometendo as qualidades de proteção das luvas de segurança. Esse é o caso das luvas de para-aramida (ParaActivTM) quando expostas à luz ultravioleta (UV) ou alvejante. Embora sejam fortes e duráveis, com excelente resistência ao calor, a exposição prolongada à luz UV pode enfraquecer sua estrutura, fazendo com que percam sua força e flexibilidade. Isso resulta em uma capacidade reduzida de proteção contra cortes e perfurações. Produtos químicos agressivos, como alvejantes, também podem acelerar significativamente a degradação das luvas de para-aramida (ParaActivTM), tornando as fibras quebradiças e mais propensas a danos, o que acaba reduzindo seu desempenho de proteção.

Observação: Para tarefas que envolvam substâncias perigosas, use apenas luvas resistentes a produtos químicos projetadas especificamente para lidar com esses produtos. A melhor maneira de comprar luvas para produtos químicos para a sua equipe é, primeiro, identificar o produto químico a ser manuseado e, em seguida, combiná-lo com o material da luva que resiste a esse produto químico. Para isso, você pode perguntar a um especialista ou consultar a MSDS (Material Safety Data Sheet, Folha de Dados de Segurança do Material), que detalha informações essenciais sobre produtos químicos específicos. A MSDS descreve as propriedades e os possíveis riscos do material, como usá-lo com segurança e o que fazer em uma emergência.

Conforme mencionado anteriormente, as luvas de segurança fabricadas com materiais termoplásticos, como HPPE (TenActivTM), náilon e poliéster, podem não ser seguras para uso em tarefas que envolvam exposição ao calor, pois podem derreter e grudar na pele. A degradação do termoplástico também pode ocorrer quando esses materiais são lavados/enxaguados em altas temperaturas. O calor pode fazer com que as fibras derretam, encolham e percam sua integridade estrutural, comprometendo a capacidade de proteção das luvas.

Compreender as limitações dos materiais das luvas é essencial para garantir a proteção ideal das mãos. Embora cada material ofereça benefícios exclusivos, é importante reconhecer os fatores, como os listados acima, que podem minimizar a vida útil e o desempenho do seu EPI e comprometer a segurança do trabalhador.

Se você não tiver certeza de qual proteção é adequada para a tarefa ou tiver dúvidas sobre produtos específicos, é melhor perguntar a um especialista. Na Superior Glove, você pode obter orientação especializada para todas as suas dúvidas sobre segurança das mãos ou produtos de uma pessoa real - não de um chatbot - para garantir que você obtenha a proteção certa para a sua equipe.